Delírios acordados com Nana Pauvolih #02

 

Oiiieee!!!

Nosso segundo conto erótico hoje!

Como sabem, a cada quarta-feira, um conto novo estará aqui e será em homenagem a um leitor meu. O de semana passada foi baseado na história de uma querida nanete. O de hoje é completamente ficção!

A nanete premiada de hoje fez duas sugestões de histórias que gostaria de viver e achei uma bem interessante. Tomara que ela goste!

E não esqueçam, semana que vem o conto pode ser para você! É só ir no meu grupo Nana e as nanetes, no facebook, e deixar sua sugestão na postagem fixa de lá.

Beijinhos!

Vamos nos deliciar?

 

Aquelas mãos

 

 

Eu não podia acreditar!

Eita, dia do cão! Nem deveria ter saído de casa! E agora, quando tudo o que eu queria era voltar para o meu canto e descansar daquelas quase 12 horas estressantes, o meu carro parava em uma estrada vazia. Não em qualquer rua, onde carros passavam para a Região dos Lagos. Porque eu tinha tido a brilhante ideia de pegar um atalho para cortar caminho.

Imbecil! Idiota!

Xinguei meia dúzia de palavrões, aproveitando que eu estava sozinha. Em geral eu era elegante demais para fazer aquelas coisas na frente dos outros. Mas em pensamento e quando me encontrava só e revoltada, como naquele momento, eu criava os palavrões mais estapafúrdios e sujos que alguém podia imaginar.

— Xereca cabeluda! Paquita do capeta! Que lugar é esse?

Saí do meu Corolla que eu tinha comprado de segunda mão e, nos dez anos em minha posse, nunca tinha dado problema.

Pisei com meus saltos altíssimos no chão irregular de terra, que ainda levantava uma leve poeira dos pneus. Olhei desolada para meus sapatos brancos cheios de detalhes, como uma renda delicada cobrindo meus pés. Eles combinavam perfeitamente com minha saia preta justa até os joelhos e a blusa amarela, suave, que deixava minha pele mais bronzeada e meu cabelo mais loiro. Este estava ainda escovado, liso até os ombros. Meu rosto perfeitamente maquiado. Tudo perfeito, não fosse estar naquele fim de mundo.

Sacudi a cabeça, impaciente. Ela latejava um pouco. Tinha trocado meu almoço por canapés, salgadinhos e champanhe na amostra de produtos e maquiagem da qual participei, como representante de uma multinacional. Infelizmente não vendi como desejava, apenas passei fome, sorri até meu rosto doer e saí de lá com o orgulho ferido por ver outras vendedoras fecharem contratos pelos quais eu tanto lutei. Que dia infernal! Por que não acabava logo?

Peguei o celular e tentei me localizar nele pelo aplicativo de mapas, mas não abria de jeito nenhum.

— Vai logo, seu saco de bosta! Funciona! Vai me deixar nesse lugar?

Apertei várias vezes as teclas, sacudi o aparelho, ergui para o céu como se fosse acontecer um milagre, mas nada do bicho funcionar.

— Peste! Filho de uma jumenta!

Minha voz era o único som a quebrar o silêncio da rua cercada por mato e árvores dos dois lados.

Respirei fundo, tentando ter calma. Busquei contatos, amigos, alguém que pudesse me socorrer e mandar ajuda, mas para coroar tudo, não tinha sinal. Dava só fora de área.

— Argh!

Rosnei, muito irritada, olhando em volta enquanto arremessava o celular em minha bolsa aberta no banco do carona. Apoiei os braços na porta do carro e observei que a tarde quase chegava ao fim. O céu se tingia de tons laranjas do pôr do sol e um ventinho frio já se anunciava.

Minha raiva e meu inconformismo começaram a ceder espaço ao medo. Eu estava ali sozinha, celular inútil, à beira de uma estrada desconhecida. E logo seria noite.

Não deixei o pânico me dominar. Eu era Vani Dias, uma esteticista formada, revendedora de artigos de beleza, maquiagem e cabelo, uma das que mais dava lucro na empresa em que eu trabalhava (com exceção daquele fatídico dia em que me saí um fracasso), acostumada a sempre ter solução para tudo.

Quem tinha conseguido fazer a noiva mais feia que alguém poderia imaginar ficar apresentável no dia do seu casamento? Tudo bem que usei quilos de maquiagem no rosto dela, consegui afilar o nariz imenso com truques, disfarçar a pele cheia de espinhas medonhas, fazer os olhos separados parecerem mais normais, mas ao menos ela não assustara ninguém no seu dia tão importante.

Ficava surpresa por ela ter conseguido alguém para casar, ainda mais naqueles dias de falta de homem e concorrência com gays lindos. A coisa andava difícil para as mulheres.

Se bem que o marido não era lá grande coisa, parecia um ratinho minúsculo, narigudo e sem queixo. Formavam um casal interessante. E estavam felizes. Os convidados também ficaram felizes com tudo que fiz por ela e por eles, de quebra. Tudo graças ao meu empenho e jeito decidido!

Fiz mulheres se sentirem mais poderosas com meus truques de beleza, fiz homens aumentarem sua autoestima com perfumes sedutores, fiz velhinhas acreditarem que tinham peles de pêssego. Eu era capaz de tudo! Bem, quase tudo. Mesmo com meu corpo bem cuidado, meus cabelos sem um fio branco, minha elegância sedutora, não fui capaz de salvar meu casamento. E agora eu era uma divorciada sozinha e sem filhos prestes a completar 40 anos, perdida numa estrada para morrer de fome, frio e medo!

— Porca com cara de cu com câimbra! — Reclamei de modo estridente, levando as mãos ao rosto a ponto de me desesperar.

Entrei no carro e me tranquei lá dentro, olhando para frente e para trás na estrada, sem conseguir pensar direito. Antes que o pavor me fizesse gritar sozinha como doida e arrancar os cabelos, fechei os olhos, me concentrei na respiração.

— Isso, assim … como as meditações que vi no youtube. Inspira … expira … calma e tranquilidade chegam pra mim … inspira … expira … entra paz e pensamentos positivos. Vou resolver meu problema e voltar para casa agora. A Lei da atração vai trazer as soluções para mim. Assim … expira … sai perturbação e medo … tudo vai dar certo … — Lembrei que não podia falar as coisas no futuro ou demoravam a acontecer e corrigi: — Tudo deu certo. Meu carro funcionou e eu dirigi em paz até em casa.  Hum …

Comecei a fazer sons baixos, concentrada ao máximo.

Meu coração se acalmou aos poucos e senti uma paz suave se instalar em meu interior. Abri os olhos, respirei fundo, sorri. Com uma das mãos segurei o volante, com a outra firmei a chave na ignição. Muito tranquila, a girei, esperando o motor pegar de repente. Nada.

— Seu saco de lixo de peruca! Carro de chorume, espantalho de fandango! Pega, danado! PEGA!!!

Berrei inconformada, furiosa. Bati no volante, até ficar cansada. Então, decidida, abri a porta, pronta para sair e andar até encontrar ajuda. Mais à frente devia ter uma rua, uma casa ou um comércio. Sim, eu não ficaria ali sem fazer nada!

Aquele papo de Lei da Atração era uma sacanagem! Eu tinha era que mover o meu traseiro, agir, fazer acontecer! Que meditação que nada! Vani era mulher de atitude, porra!

Saí, com raiva daquela poeira em meus sapatos tão lindos. Inclinei para dentro do carro, a fim de pegar minha bolsa, quando algo me alertou. Um barulho. Um motor. Algum automóvel se aproximava.

— Graças a De …

Eu me calei de repente, sem saber se aquilo era uma coisa boa ou ruim. E se a pessoa fosse algum ser do mal?

Cavouquei a bolsa em busca de algo que pudesse usar como arma, agitada. Percebi que o som era de uma moto e ficava cada vez mais perto. Agarrei um spray de cabelo, lembrando que podiam pegar fogo, desesperada por não ter um isqueiro ali. Há anos parei de fumar. Com o spray e um isqueiro eu teria uma arma letal. Pelo menos achava que sim.

Ergui-me novamente, me virando para o lado da estrada com o spray fortemente escondido em minhas costas. Vi a moto grande e larga, o homem igualmente grande e largo montado nela. Arregalei os olhos e esperei.

 

 

Ele me viu. Senti, mesmo através do capacete e dos óculos escuros. Senti cada pelo do meu corpo se arrepiar imaginando que aquele homem imenso me quebraria ao meio só com o polegar e o indicador de uma das suas mãos. Claro, se ele fosse do mal e quisesse me machucar.

Tentei me voltar para o meu interior, me acalmar. E se a Lei da Atração funcionasse mesmo? E se aquele homem fosse enviado por ela para me salvar? Eu tinha pedido ajuda com tanta fé!

Abri os lábios com esforço, no que pretendi ser o meu melhor sorriso de vendas. Quando a moto parou ao lado do meu carro e o ursão desceu o descanso, eu continuei sorrindo lindamente, me preparando para parecer muito tranquila e segura.

Ele tirou o capacete sem pressa. Não adiantou muito, pois usava um gorro cinza por baixo que escondia seus cabelos. Os óculos escuros, a barba mal feita no rosto bruto, o cigarro pendurado no canto da boca, faziam com que parecesse um bandido. Para piorar, estava sujo. Usava um macacão cheio de graxa, preso num ombro só. Por baixo uma blusa de malha que em algum momento da vida tinha sido branca, mas agora era amarelada e tinha a gola puída.

Estremeci. Ele parecia ter acabado de fugir de um presídio.

Apertei mais o spray, pensando o que faria com aquilo se ele não tirasse os óculos. Eu precisava acertar seus olhos. Então, chutaria suas bolas e, quando ele estivesse caído no chão urrando de dor, eu montaria em sua moto e fugiria em busca de ajuda. Era um plano perfeito.

O moreno enorme, forte como um touro, com braços cheios de músculos assustadores, sorriu para mim. Um sorriso lento, safado, como quem diz: “Você é minha! Vou sacudir sua roseira e te deixar só vara pelada numa vala”. Alguma coisa assim. Até rimava.

Mantive meu sorriso falso congelado no rosto. Percebi que minhas pernas tremiam e não era de frio.

— Madame … o carro deu problema?

Arregalei os olhos com a voz que parecia um trovão. Na mesma hora dei uma risada e disse displicente:

— Ah, não! Claro que não! Parei aqui para esperar meu namorado, que está vindo ao meu encontro.

— Aqui?

O cigarro continuava queimando no canto de sua boca, uma cinza prestes a cair.

— Aqui, neste lugar lindo! — Fui bem simpática. — Ótimo para pombinhos marcarem encontros!

Ele ficou quieto, observando-me. A tensão foi ficando pior e passei os olhos rapidamente por ele, procurando ver se estava armado. Mas estava nervosa demais, minha mente só registrando: bandido, assassino, fugitivo, estuprador, maníaco da estrada, sujismundo …

— Dona, eu sou do bem. Quer ajuda com seu carro? Sou mecânico.

Mecânico? Não era do mal?

Encarei-o, desconfiada. Que chances de uma mulher sozinha, perdida em uma rua entre Niterói e a Região dos Lagos no Rio de Janeiro, com seu carro quebrado, encontrar um mecânico de verdade e ainda uma pessoa do bem? Daquele tamanho e com aquela cara?

De imediato não acreditei. Mas aí meus olhos bateram no paninho de limpar as mãos que escapavam do bolso do seu macacão, daqueles que mecânicos usam. A graxa ali e na roupa. Um mecânico!

— Jura? — Um certo alívio me envolveu, embora eu ainda esperasse um ataque iminente.

Tentei pensar. Se ele fosse um homem disposto a me machucar, nada o impediria. Talvez eu arrancasse seus óculos, fugisse para o mato, mas minhas chances eram realmente minúsculas. Por isso, precisava ser inteligente. Tranquila e inteligente.

— O carro parou?

Aquela voz era a mais brutal e grossa que eu tinha ouvido na vida. Quase um Darth Vader.

Ele tinha tirado o cigarro da boca, dado mais uma última tragada e jogado a guimba no chão, em movimentos masculinos, seguros. Sem agressividade.

Ponderei minhas chances e tentei acreditar em sua palavra.

— Sim. Ele parou de repente.

— Está com gasolina?

— Claro que sim! Acha que eu esqueceria de abastecer?

Fiquei invocada por me julgar uma loira burra. Aí me dei conta de que eu o julgava bandido só por sua aparência. Amoleci um pouco.

— O senhor pode mesmo me ajudar?

— Posso. Com prazer, madame.

Não soube se ficava feliz por me chamar daquele jeito ou se achava que me considerava meio coroa. Madame.

Então percebi que, apesar da robustez e da cara de mau, ele era mais novo que eu. Talvez mal chegasse aos trinta anos. Se me chamasse de tia, ia ver só.

Um dia daqueles fiquei muito puta no trânsito. Um burro velho de mais de vinte e cinco anos na cara veio vender balas e me chamou de tia. “Tia, compra aí”. Compra aí é o caralho, seu bafo de bunda! Quase respondi, mas fui embora revoltada.

Meu Deus, eu ia fazer 40 anos! Se não raspasse a perereca toda, ela estaria cheia de pentelhos brancos. Eu dizia para todos que era moderninha e gostava dela pelada, mas era para esconder que a bendita envelhecia também.

O movimento dele saindo da moto me tirou dos devaneios e fiquei novamente alerta. O brutamontes não era só musculoso, mas também alto. Pelo menos um metro noventa, quase um hipopótamo.

Não se aproximou muito, como se notasse meu receio. Os óculos escuros não me deixavam ver para onde ele olhava, se apreciava minhas pernas ou seios, ou até se me ignorava, mas uma energia parecia vibrar entre nós, cada vez mais tensa e forte.

Fiquei pronta para briga, caso suas intenções fossem pornográficas, já prevendo uma derrota de soluçar. Mas ele não foi ameaçador. Na verdade, virou um pouco a cabeça e parecia mais interessado em observar o carro do que a mim.

— Fez algum barulho?

— Quem?

— O Corolla. Antes de parar.

— Não. Só parou.

— Saiu fumaça?

— Não.

— Vazou água?

— Não.

— Ele …

— Não! Só parou! — Repeti, impaciente, um pouco irritada.

Ele me fitou. Seus ombros largos tomavam toda a minha visão, seu peito esticava a malha branca. Quase branca. Nunca mais branca.

Sem uma palavra, tirou seus óculos escuros e os deixou no bolso, me brindando com olhos intensos emoldurados por sobrancelhas grossas e negras e por cílios fartos, espetados. Eram lindos, castanhos com pintinhas mel e esverdeadas.

E eu vi que ele olhava pra mim, diretamente, de modo intenso e pesado. Não percorreu meu corpo nem fez alguma piadinha. Mas senti que me percebia como mulher.

Não pude evitar que um arrepio percorresse a minha espinha. Senti uma espécie de atração por sua masculinidade tão evidente e gritante, temperada pelo iminente medo. Tudo era perturbadoramente confuso.

Acho que notou meu medo, pois falou de repente:

— Sou Chico. Chicão para os amigos.

Eu poderia imaginar o porquê do aumentativo.

Estendeu a mão para me cumprimentar, tão grande quanto ele.

Fiquei com medo de ser uma armadilha. Eu largaria minha arma e ele esmagaria meus ossos. Olhei para sua mão, vendo que ainda estavam com graxa, as unhas escuras e meio oleosas.

 

 

Na verdade, não fiquei com nojo. Até senti certa atração por aquelas mãos viris, grandes, dedos longos e grossos. Sem querer, tive um fetiche com elas. Nunca um mecânico tinha me tocado.

— Desculpe. Limpei no pano, mas não foi o suficiente. Acabei de consertar o carro de um amigo. — Chico retirou a mão.

Fiquei extremamente envergonhada ao perceber que ele tinha confundido meu medo (e minha tara) com repulsa. Falei rapidamente:

— Não é isso. Quero dizer, só não apertei porque … eu … porque …

— Tudo bem.

Não sorriu. Não se suavizou. Os olhos tinham alguma coisa que me deixava mais mole, pernas fracas.

A sensação de perigo estava ali, mas uma excitação também. Não podia negar que Chico era muito sexy, gostoso. Não exatamente bonito, mas daqueles que dava vontade de dar. Abrir as pernas e dar muito.

Freei os pensamentos, chocada comigo mesma! Só podia estar muito descontrolada para imaginar aquelas coisas com um estranho, que podia me atacar a qualquer momento.

— Sou Vani. Prazer, Chico. Obrigada por me ajudar.

— Ainda não fiz nada. Aposto que tentou pedir ajuda pelo celular e não pegou. Depende da operadora, nem todas funcionam por aqui. — Ele meteu a mão no bolso e pegou um celular, desbloqueando-o. Surpreendeu-me ao me estender e ser bem direto: — Pode usar o meu. Ligue para quem quiser, dê a sua localização, peça ajuda. Assim vai ver que não sou perigoso e só parei para ajudar.

Corei profundamente, sem saber o que dizer.

— Toma.

Eu segurei o aparelho. Mal me deixou falar e caminhou para a frente do carro, indagando:

— Posso dar uma olhada no motor?

— Ah, sim … eu …

— Abra o capô.

Fiquei indecisa. Tinha que entrar no carro. Mantive um olho nele e me abaixei ali, escondendo o spray sobre a bunda com uma das mãos. Chico me olhava atentamente, calado.

Quando abri o capô, ele foi para a frente do carro e sumiu ali. Eu me levantei rapidamente, parada no mesmo lugar, uma das mãos para trás, olhos fixos em seus movimentos. Quase não respirei, em expectativa. Só então liguei para minha melhor amiga e expliquei rapidamente o ocorrido, em voz baixa. Mandei também a descrição de Chico e a minha localização no mapa.

 

Por garantia, liguei também para um primo e um outro amigo. Eles perguntaram se eu queria que fossem me buscar, mas o tempo que levariam até chegar seria imenso. Falei que ia ver se Chico conseguia consertar o carro e logo entraria em contato.

Ouvi que mexia em algumas coisas. Percebi que escurecia e esfriava mais.

Aproveitei a distração dele e fuxiquei rapidamente seu celular. Sem pensar duas vezes, vi seu facebook aberto e seu número. Enviei print dos dois para minha amiga, mais aliviada. Só então fechei o aparelho.

Chico resmungou, disse que era complicado. Mexeu mais e mais, limpou a mão no paninho, sacudiu a cabeça, com uma ruga entre as sobrancelhas. Eu aproveitei só para observá-lo, sempre alerta.

Imaginei aquele homem pelado. Tudo aquilo seria músculo ou embaixo daquele macacão ele teria algumas gordurinhas escondidas? O peito seria peludo? E o resto?

Ele estava com as mãos apoiadas no carro, capô aberto, olhando preocupado para dentro. Pouco ligando para mim. Acho que se eu saísse por ali nua, cantando e dançando, mal notaria. O carro tinha toda a sua atenção.

Nem me dei conta que meus olhos desciam. Mas os arregalei imensamente ao ver como o macacão marcava seus quadris e suas protuberâncias masculinas. E que protuberâncias! Fartas, cheias, enormes! Grande e robusta como ele.

— Pelo amor do Pernalonga … que que é isso … — Murmurei impactada.

— O quê?

“Chicão”, agora eu tinha certeza absoluta porquê, olhou para mim.

— Ah, eu … estou rezando que você descubra o problema. Tomara que não seja muito grande!

— Pior que parece ser.

— Parece? — Quase ri, mas me contive a tempo.

Ele tirou uma lanterna pequena do bolso detrás e murmurou:

— Vou ver uma coisa.

— Hum … o quê?

Eu dei passos incertos, vendo que Chico se abaixava na frente do carro. Fui espiar, pronta para correr. Pronta para muitas coisitas mais.

— Acho que tem algum vazamento. O ideal era ver isso no claro, com o carro levantado. — Ele já se deitava no chão de barriga para cima e enfiava a cabeça sob o carro, mexendo em algo, movendo a lanterna com a mão direita.

Fiquei ali parada, olhando. Mais calma por me parecer inofensivo naquela posição.

Até meus olhos curiosos partirem de novo para o conteúdo que deixava a calça sobressalente. Não resisti, eles pareciam ter vida própria.

Inofensivo … sei …

Naquela posição, tudo se agigantava mais. Puta merda! Aquilo tudo era pênis dele? Ou seriam bolas enormes, como de tênis? Talvez só tivesse outro pano de limpar mãos grandes escondido dentro da calça, pois eu não via chances daquilo ser real. Ainda mais em repouso. Ereto, o bicho pareceria uma jararaca.

Me dei conta de que desde que o tinha conhecido, vários animais passaram por minha cabeça.

Mordi os lábios, realmente chocada. Queria olhar para outra coisa, continuar alerta, mas era impossível. Que mulher normal aguentaria um homem daqueles? Nem uma égua!

— Está complicado.

Chico saiu debaixo do carro e se levantou, olhando para mim.

— Bota complicado nisso … — Cambaleei um pouco para trás, tensa, perturbada.

— Vou olhar de novo, mas dessa vez tente fazer o carro funcionar. Acho que vai precisar de peças novas.

— Tomara que não. Aqui seu celular, obrigada.

Chico aceitou em silêncio e guardou no bolso, voltando para a frente do capô.

Equilibrada em meus saltos, sentei dentro do carro como antes. Uma mão no spray. Fiz o que ele mandava, mas o motor nem deu sinal.

Chico fechou o capô e saí novamente. O vento estava mais forte, mais frio, fazendo as folhas das árvores ali se sacudirem e gemerem.

Nossos olhos se encontraram, enquanto ele mexia as mãos sujas, explicando:

— Vou precisar trocar algumas peças, mas acho que não tenho na oficina e está escurecendo, armando um temporal. Hoje acho difícil resolver o seu problema aqui.

— Merda! — Eu já ia falar palavrões mais cabeludos, mas me controlei. — E o que eu faço?

— A senhora pode esperar aqui e chamar um guincho, ou deixar o carro trancado. Te dou uma carona até o bairro mais próximo e amanhã voltamos para consertar.

Novamente tive medo de ser alguma armadilha dele. Chico notou e emendou:

— Se preferir ficar sozinha até o guincho chegar, se tranque dentro do carro.  Mas posso fazer companhia.

— O bairro é longe?

— Uns quinze minutos daqui.

Todas as opções pareciam ruins. Eu só queria entrar no meu carro e voltar para casa. E mesmo temendo confiar em Chico, não queria largar meu Corolla ali com risco de ser roubado.

Como continuei calada, Chico se aproximou e eu quase me espremi entre a porta do carro. Parou a poucos metros e estendeu suas mãos, dizendo bem firme:

— Sei que está com medo e não tiro sua razão. Mas está vendo estas mãos? Nunca machucaram ninguém, madame. Muito menos uma mulher. Fui criado na favela, no morro, mas saí de lá para nunca ter que usar a violência. Posso garantir que não me faltou motivo e raiva. Eu escolhi viver em paz. Me diga o que quer e farei o possível para te proteger.

Sua voz e suas palavras eram sérias, profundas. Seus olhos me diziam a verdade e quase pude sentir uma dor antiga, que pulsava neles. Imaginei as tragédias pelas quais passara e uma parte minha se abrandou.

— Não conheço você. — Sussurrei.

— Eu sei. Mas prometo não lhe fazer mal. Sabe, tão bem quanto eu, que se eu quisesse te machucar, já teria feito.

Era verdade. Acenei com a cabeça. Murmurei:

— Me empresta o celular? Vou chamar um guincho e esperar. Você fica aqui comigo?

— Claro que sim.

Perguntou se eu conhecia algum e então me sugeriu um de São Gonçalo. Acabou ligando para mim, dando a localização, me informando o preço. Com tudo resolvido, explicou:

— Vai demorar uns quarenta minutos, madame.

Chico foi até sua moto e ergueu o descanso. Levou-a para o canto da estrada e a deixou ali. Eu continuei no mesmo lugar, olhando-o.

Algo se agitou forte em meu corpo, observando como ele era grande, como até sua bunda parecia linda. Minha boca ficou subitamente seca. Não sei por que meus mamilos intumesceram. Talvez do ar gelado. Talvez do desejo que estava ali sem que eu pudesse impedir.

Há quanto tempo eu não transava mesmo? Meses? Sim. Isso podia ser a causa daquela atração doida.

Afinal, não era sempre que eu me deparava com um homem daqueles, enorme em todos os sentidos, gostoso, todo másculo. Um homem que eu nunca mais veria. Com um aparato singular entre as pernas, que me deixava entre abismada e muito curiosa. E ainda deixava de ser ameaçador aos meus olhos para se tornar uma espécie de protetor.

Mecânicos e homens fardados faziam parte de alguns fetiches meus. Mas era a primeira vez que eu encontrava um que realmente me excitava.

Mordi os lábios, quando ele se aproximou. Tinha um modo de me olhar que mexia com meus sentidos. Como se estivesse se esforçando para ser respeitoso, mas por sua mente passassem sujeiras comigo. Assim eu esperava.

Percebi pelo jeito que sondou minhas pernas e pareceu admirar meus sapatos altos.

Parou perto da frente do carro, onde se recostou. Disse educadamente:

— Pode ficar dentro do carro, madame. Vai se sentir melhor. Eu espero aqui.

Eu corei. Tentei me explicar:

— Não estou com medo de você.

— Tudo bem.

Chico pegou um cigarro e o acendeu, semicerrando os olhos. Ficou ali fumando, me ignorando.

Sem saber ao certo o que fazer, mas querendo ficar mais perto, confiar, eu me aproximei lentamente e me sentei na ponta do capô, de olho nele. Puxei assunto:

— Devia parar com isso. Faz mal pra saúde.

Deu de ombros. Eu continuava com uma mão para trás, segurando o spray, embora achasse que não precisaria usar.

Ele mal me olhava. Comecei a entender que nunca foi perigoso para mim. Na verdade, nem ao menos me dera uma olhada mais safada e isso me incomodou. Sabia que era uma mulher bonita, os homens adoravam me dar cantadas. Ele me percebeu, mas sem ser nada ostensivo ou cheio de tara. Na verdade, eu parecia muito mais interessada que ele.

Meu orgulho ficou meio ferido. Imaginei o que aquele homem enorme faria se eu jogasse charme. Sem querer, pensei na sua mão de graxa no meu cabelo e entre as minhas pernas, manchando minha pele macia, enquanto eu chupava a cabeça do seu pau.

Ondas de tesão me sacudiram e senti a calcinha ficar mais incômoda e úmida. A respiração se agitou. Indaguei em um tom doce:

—Acha que sou velha? Por isso o “madame” o tempo todo?

Chico deu uma baforada e virou a cabeça para mim. Seu olhar se apertou um pouco e ele desceu-o por meu corpo de forma lenta. Quando voltou, eu estava arrepiada, feliz por sua apreciação.

— Não. Acho apenas que é muito elegante para estar aqui.

Não soube se aquilo era um fora, se ele percebia minha tentativa de sedução.

Talvez eu estivesse sendo tola. Mas algo parecia ter me dominado e eu só conseguia sentir e olhar para ele, o corpo pegando fogo.

— Eu não acho. — Estendi minha mão direita com unhas bem feitas, anel delicado de ouro, uma pulseira da Pandora. Sorri: — Para provar que não ligo para graxa em mim e que só não apertei sua mão antes por ter medo de confiar. Não sou madame nem dona. Sou Vani.

— E agora não tem medo?

— Não.

A tarde escurecia ainda mais. Minha pele ardia, apesar do frio que soprava ali.

Chico me encarava bem penetrante, seu rosto mais duro. Segurou firme a minha mão, a dele quente e grande engolindo a minha.

O contato foi delicioso e me acertou como um tiro. Abri a boca, deixei o ar escapar. E antes que eu me desse conta do que acontecia, Chico me puxou um pouco mais para perto, minha bunda arrastando no capô, a saia subindo um pouco. Disse baixo:

— Estou sujando a sua mão.

— Eu não me importo.

— Não?

Deixou-me tão perto que meu quadril encostava no dele e eu podia ver a brasa do cigarro acesa em seus olhos. Eu tinha que erguer o rosto para olhar pra ele. Subiu a mão por meu pulso e braço, dizendo baixinho:

— Posso deixar essa pele imaculada toda manchada por mim.

Era um momento crucial. Hora de recuar, se o medo ainda me cercasse. Mas tudo que eu sentia era um tesão da porra, a vagina latejando tanto que até doía.

— Pode passar sua graxa onde você quiser.

Vi como ele reagiu, como seus traços ficaram mais brutos. Jogou o cigarro fora e se ergueu, vindo de pé na minha frente, sua mão firme em meu cotovelo. Formiguei por toda parte, ansiosa e temerosa, sem saber se estava me metendo em alguma furada. Mas o desejo era forte demais para conseguir ser coerente.

Chico me soltou. Mas não por muito tempo. Ficou um momento me encarando e eu mal respirei, ainda mais quando veio mais perto e suas mãos enormes agarraram as minhas coxas. Subiu os dedos por ali, erguendo minha saia, deixando um rastro de quentura e mancha na pele.

 

 

Perdi o ar e espalmei as mãos no capô. O spray que eu segurava escorregou e foi parar no chão. Chico olhou para ele com desinteresse e indagou meio irônico:

— Era para passar no meu cabelo?

— Para me defender.

Minha voz saiu arfante. Ainda mais quando ele baixou os olhos para ver minhas pernas e minha calcinha preta que aparecia sob a saia já embolada nos quadris. Olhei também, ansiosa, mal acreditando que aquilo tudo acontecia.

Chico afastou a renda para o lado e expôs minha boceta depilada, já toda meladinha. Vi uma leve mancha de graxa onde ele tocava, mas isso só me excitava mais.

— Coisa linda, madame …

 

 

Soltei um grito entrecortado quando me abriu mais e empurrou para o alto do capô. Mal tive tempo de cair deitada, já escancarava minhas pernas com firmeza e caía de boca na minha boceta.

— AI!!!

Berrei enquanto ondas do mais puro e destruidor tesão me aferroavam por toda parte. Parecia que ele me comia, faminto, boca quente e língua experiente. Tentei tatear a superfície lisa do carro e acabei desabando entre gemidos e lascívias.

Chico puxou bruscamente minha camisa para fora da saia, já abrindo os botões, raspando minha pele com suas palmas calejadas. Senti pontadas de prazer se espalharem da boceta para meu ventre e daí para os membros, como uma droga potente. Nunca ninguém tinha me chupado e tocado daquele jeito, sem cuidado e sem reservas, mas cheio de paixão.

Meu sutiã foi erguido e meus seios fartos amassados. Ele subiu, beijando tudo pelo caminho, mordiscando minha barriga, grunhindo. Fiquei louca, soltando sons irascíveis, agarrando seu gorro e jogando-o longe. Gemi ao ver os cabelos negros e fartos, que caíram meio longos entre meus dedos ansiosos. Gemi mais quando fez cara de tarado e mordeu meu mamilo, brigando com seus próprios dedos pela posse deles.

 

 

Abri-me toda, sentindo seu peso entre as pernas, rebolando contra o pau que parecia imenso e me assustou. Quis falar, mas seu cheiro me deixou tonta, uma mistura de graxa, cigarro, suor e perfume, tudo tão masculino e decadente que eu o puxei mais para cima e nossos olhos se encontraram.

— Quero te foder …

— Sim …

— Mas não tenho camisinha.

— Ah …

Eu devia ficar desolada e preocupada. Aquele era um estranho e sempre fui muito cautelosa naquelas coisas. Era uma loucura sem tamanho, mas eu não conseguia ser responsável e racional ardendo daquele jeito.  Murmurei:

— Que se foda!

Ele riu com meu desabafo e atacou minha boca. Ou fui eu que ataquei a dele?

 

 

O beijo foi uma loucura, quente, faminto, devorador. E que gosto bom ele tinha! Perdi de vez o controle.

Senti a pele escaldar, apalpando-o, buscando tirar aquele macacão, enquanto nos esfregávamos e beijávamos. Chico ajudou. Abriu os botões certos e seu pau saiu, pesado e grosso na minha mão. Quando ele tornou a afastar a calcinha, implorei:

— Eu quero muito … mas isso é uma tromba …

Chico riu contra minha boca. Garantiu:

— Vai caber direitinho. Só abra a boceta pra mim.

— Ai … que delícia …

Eu mordi sua orelha e o arranhei. Chico virou minha cabeça para o lado e atacou meu pescoço com mordidas e chupões que fizeram minha boceta palpitar em torno da cabeça gorda que já me abria toda até o limite. Sua língua era grande como ele, foi até minha nuca, me maravilhou.

— Toma aqui, madame …

E meteu devagar. Foi entrando com dificuldade, embora eu estivesse muito melada. Abri-me mais, cruzei as pernas em seus quadris, ajudei com meu tesão. Voltamos a nos beijar e sua mão segurou meu rosto. Senti mais forte o cheiro de graxa, achei que me sujava também ali e adorei ser toda marcada por ele.

— Oh! Pau gostoso da porra …

Esqueci de controlar minha boca suja. Mordi seu queixo, fui invadida pela carne extremamente dura e quente. Parecia que cada milímetro meu era preenchido e as terminações nervosas se agitavam. Chico nem tinha entrado todo e comecei a gozar, gemendo, falando, xingando.

Ele gemeu também, se tornou mais feroz, entrou, mordeu. Apesar de enorme e pesado, não me machucava, só me tomava no meu limite.

O orgasmo foi ensurdecedor. Despenquei infinitamente, enquanto seu pau me comia, entrando e saindo apertado, fazendo tudo em mim gritar. Eu mesma berrava na estrada vazia.

Quando só restou a moleza, segurei seus braços musculosos, apreciando a penetração. Ele me fez olhá-lo, disse rouco:

— Aguenta mais pau nessa bocetinha?

— Sim … Mais …

E ele meteu tudo, indo e vindo, cheio de vigor e energia. Suas mãos me amassavam por todo lado, como se sovasse uma massa bem apetitosa. Sua boca lambia e mordia minha carne no pescoço, no ombro, nos seios. Estava se deliciando em me comer.

Minha respiração estava entrecortada. Passei os dedos por ele, toquei, guardei aqueles momentos maravilhosos para mim. Senti quando Chico se preparava para gozar, mais tenso, mais duro e arquejante. Isso me excitou novamente e pedi em seu ouvido:

— Quero leitinho na boca.

— Porra …

Ele saiu de cima de mim com pressa, já me arrastando para baixo. Escorreguei pelo capô, caí de joelhos na terra, olhei abismada o seu pau. Como aquilo tudo tinha entrado em mim?

Nem quis saber. Agarrei a base e as bolas, masturbei, meti a cabeça entre os lábios. Chupei deliciada, sentindo o gosto dele e o meu misturados. Mamei com tanta vontade que Chico não durou muito. Meteu os dedos em meus cabelos e fodeu minha boca, rosnando e esporrando em minha língua.

Foi tanta coisa que quase me engasguei. Tomei o que pude, o resto escorreu e seu esperma jorrou em meu rosto e seios. Continuei faminta, lambendo, me esfregando em seu pau.

— Meu Deus …

Chico apoiou as mãos no capô, arfante, finalmente satisfeito. Baixou os olhos ardentes para mim. E eu me levantei devagar entre seu corpo e o carro.

— Você está cheia de graxa e de porra …

Murmurou, me apreciando até os seios, vendo meu estado.

— Devo estar linda.

— Linda demais.

Sorrimos devagar. Uma de suas mãos me puxou, senti seu corpo contra o meu, sua língua na boca. Nos beijamos devagar, mais calmos, mais brandos.

 

Quando o reboque chegou, eu estava arrumada. Mas foi impossível disfarçar as manchas de graxa na blusa amarela, a maquiagem borrada, alguns rastros de graxa em meu rosto, que o demaquilante não tirou todo. Pior ainda a minha cara de bêbada, como eu sempre ficava depois de um gozo daqueles. Não que eu me lembrasse de ter gozado tanto assim.

Olhei para Chico e ele para mim. Havia algo queimando ainda ali.

Enquanto o guincho só me esperava entrar para partir, eu me despedi:

— Obrigada, Chico. Por tudo. Por momentos que nunca vou esquecer.

— Também não vou esquecer, Vani.

Esperei que sugerisse um novo encontro. Era loucura, dava para ver que éramos de mundos totalmente opostos, ele pelo menos uns onze anos mais novo que eu. Possivelmente de outra classe social. Mas eu sentia um medo tremendo de nunca mais vê-lo.

Fui corajosa:

— Será que se eu passar de novo por essa estrada, você me socorre?

Chico sorriu lentamente.

— Provavelmente outro encontro assim, inesperado, não vai acontecer.

Senti desânimo diante de suas palavras. Acenei, não querendo ser oferecida.

— Tá. Então … adeus.

— Até. Cuide-se.

Andei para trás. Então me virei e caminhei até o carro do reboque, onde o motorista me esperava. Estava muito mais desolada com a separação do que pensei que estaria. Tinha sido só uma transa, Vani! Porra! Mulher boba!

— Madame.

Sua voz me fez parar. Olhei-o e vi aquele monumento todo me encarando com calor e desejo. Ele disse baixo:

— Encontros inesperados não acontecem sempre. Mas pode ligar para meu telefone, aquele que você salvou no contato de sua amiga. Talvez queira trazer seu carro para eu dar uma olhada. Ou algo assim.

— Algo assim.

Garanti, feliz da vida. E pisquei para Chico.

O meu mecânico das mãos de graxa, ainda marcadas no meu corpo.

 

 

E aí, o que acharam? Quero saber nos comentários! E quem perdeu o 1º conto, acesse aqui. Até a próxima quarta! 😉

 

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